domingo, agosto 10, 2008

2002/04 - Cristiano Roland - 29J 1G

O Fascínio do Benfica por jogadores medianos que fazem uma boa época em clubes de menor dimensão devia ser caso de estudo. Cristiano Roland, tinha na equipa do Beira-Mar um papel regular, não era sequer cabeça de cartaz, não deslumbrava por aí além, (fez dois golos ao Porto, o que reverte ligeiramente o chavão "se marcas ao Benfica arriscas-te a lá jogar"), mas lá está, fez um época acima do normal.

Vindo de duas épocas desastrosas, fora das competições europeias, a assistir a mais uma razia de entradas e saídas, o Benfica era pouco mais do que uma boa memória, com uma equipa de futebol de qualidade reduzida e sem capacidade para fazer melhor, no entanto as contratações de inicio da época 2002/03 não pareciam (e não foram como se provaria) fazer reverter a situação.

Cristiano era aparentemente um defesa central, embora no Benfica fosse quase sempre defesa lateral esquerdo, vinha com fama de bom marcador de livres, embora o único golo oficial com a camisola encarnada tenha sido de cabeça frente ao Rio Ave na Luz.

Na época de estreia, a desconfiança com o reforço foi aumentando, e é curioso perceber-se que só após a saída de Jesualdo (o homem responsável pela sua contratação) e a entrada de Camacho o Brasileiro começou a ser utilizado com mais regularidade. O Benfica terminaria em 2º, e Cristiano passou despercebido e com o Terceiro Anel "á perna".

Camacho era fã de Cristiano (ou talvez não, uma vez que tentou despachá-lo para Braga, mas acabou por voltar atrás), o Espanhol foi responsável pela insistência em fazer alinhar o Brasileiro, e este faz em 2003/04 uma pré temporada goleadora, com golos de livre, de cabeça, etc, num total de 4 golos. Com o falhanço (habitual) na contratação de um lateral esquerdo, Cristiano acabou por ficar na Luz, fazendo mais uma época demasiado medíocre.


Em 2004/05, após a saída de Camacho, Cristiano é finalmente dispensado ingressando por empréstimo no Belenenses, não sendo muito feliz, regressa á Luz em 2005/06, mas sem lugar no plantel de Koeman reforça a equipa B, antes de rumar ao Juventude da 3ª divisão Brasileira. Passou depois por aventura na Grécia ao serviço do Atromitos. Em 2008, iniciou aventura asiática ao serviço do T&T Ha Noi da 2ª liga Vietnamita, onde o "Rei" é o Português Henrique Calisto seleccionador nacional. Em 2008/09, regressou a Portugal e ao Beira Mar.


Jogou no inicio de carreira no Vasco da Gama e no Grémio de Porto Alegre.